Tenho dois seres em mimQuietos aqui no meu peito
Uma prefere gritar
Outra prefere calar
Uma é toda rebelde
Enquanto a outra descreve
tudo aquilo que vê
Esta se chama Camila,
Sabe tudo e explica
Como a poesia nasceu
E como Pessoa morreu.
Meu outro ser é Ana
Tão louca,tão leviana
Que vive a disparecer
Livrando todo o seu ser.
De uma eterna agonia
Chamada monotonia
Que vive a lhe aborrecer.
Camila sonhando
Que em um cavalo branco
Viria lhe visitar seu lindo cavalheiro.
Enquanto a Ana fica quietinha,
esperando que o seu roqueiro
Nos palcos torne-a rainha.
Juntas com harmonia
Celebram a alegria
De poder ter enfim,
Um pedaço dentro de mim
Para chamar de moradia.